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“O nome MUROS pretende sublinhar de forma evidente a ideia da obstaculização que o ser humano cria e que lhe retira a capacidade de caminhar no sentido do que é, realmente, mais importante. O logótipo do nosso projeto surge como chamada de atenção, sendo, no limite, um forte apelo ao grito. É urgente refletir sobre a figura da «Eurorregião Alentejo, Algarve e Andaluzia» e encarar este espaço para além do seu estatuto polítido simbólico; mas que, na realidade, diz muito pouco às pessoas que o habitam. É urgente utilizar a palavra para comunicar sobre os problemas deste território [grandemente interiorizado e silenciado], que une dois países e três regiões, bem como é determinante procurar pistas sobre as soluções. É determinante evidenciar o potencial desta eurorregião enquanto espaço geográfico com uma escala significativa e onde os seus cidadãos deverão ter oportunidade de usufruir das oportunidades que aqui vão surgindo ou podem ser criadas com foco e determinação no âmbito de um desenvolvimento mais sustentável porque é pensado, desde logo, a partir das pessoas. A palavra tem, sem dúvida, um importante papel para que junto das pessoas consigamos perceber o que as limita, o que lhes obstrui a visão de escala, o que lhes provoca a sensação de abandono e silenciamento e que, por isto tudo, as afasta da participação cívica em prol de um território mais à semelhança dos seus interesses. Não podemos encarar com naturalidade [e sem inquietação] que as pessoas que vivem numa eurorregião, que usufrui de um estatuto particular e de uma cooperação transfronteiriça que move milhões de euros de fundos para o desenvolvimento, não saibam, na sua maioria, que a mesma existe e que pode [leia-se, deve] ser desenhada muito mais à medida de quem a ocupa”.

Susana Helena de Sousa, autora do projeto [ver Curriculum Vitae]
Fotografia: Eduardo Pinto

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«O nome MUROS pretende sublinhar de forma evidente a ideia da obstaculização que o ser humano cria, e que nos retira a capacidade de nos focarmos e caminhar no sentido do que é, realmente, mais importante. O logótipo surge como chamada de atenção, sendo, no limite, um forte apelo em formato de grito. O projeto MUROS considera que é urgente refletir sobre o mundo, desde logo, o que está à nossa porta e que se nos apresenta com enormes problemas para os quais é preciso ter foco para os resolver, sob pena de adensarmos esses mesmos problemas e tornarmo-nos indiferentes à sua dimensão e consequências.

Sendo neste mundo que vivemos é sobre este que queremos atuar, promovendo um sentimento comunitário de atuação e promoção de uma vida digna de todos. No caso do MUROS, o poder da palavra será determinante no trabalho a que o projeto se propõe no «mundo» Eurorregião Alentejo, Algarve, Andaluzia. Se atentarmos ao próprio nome do projeto este é dito de igual modo em português e em castelhano no objetivo de que a mensagem passe de forma clara e inequívoca. O diálogo será a ferramenta primordial em prol da união dentro das três regiões, dos dois países, que constituem a Eurorregião, bem como destas para o exterior.»

Susana Helena de Sousa, autora do projeto [ver Curriculum Vitae]
Fotografia: Eduardo Pinto

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MUROS participou na «Aldeia da Inovação Social»: o maior encontro de Inovação Social do país

Ter ideias para combater o despovoamento do Interior não é um processo simples. Da nossa parte podemos dizer mesmo que é, extremamente, complexo. Não apenas pelos contornos do problema, mas também pela necessária consciência que temos de ter face ao muito que já foi e está a ser experimentado. Inovar não representa, necessariamente, fazer algo estonteante. É ser inventivo num contexto real e perceber o que faz sentido para determinada resolução de um problema. Fazer o que ainda não foi feito, mas que fará toda a diferença para melhor na vida das pessoas. Na bonita Aldeia da Luz, concelho de Mourão, no Alentejo, durante o maior encontro de Inovação Social do país, reforçámos convicção de que é preciso trabalhar a comunidade antes de qualquer outro intento. Há muito ainda por experimentar e proporcionar sempre numa relação direta e honesta com as pessoas que ocupam os territórios. Elas sabem o que precisam e por onde passa o caminho. Temos de as seguir e colaborar com as ferramentas de trabalho e conhecimento que estão ao nosso alcance. Partindo deste pressuposto ganhamos uns passos de avanço no intento!

Ter ideias para combater o despovoamento do Interior não é um processo simples. Da nossa parte podemos dizer mesmo que é, extremamente, complexo. Não apenas pelos contornos do problema, mas também pela necessária consciência que temos de ter face ao muito que já foi e está a ser experimentado. Inovar não representa, necessariamente, fazer algo estonteante. É ser inventivo num contexto real e perceber o que faz sentido para determinada resolução de um problema. Fazer o que ainda não foi feito, mas que fará toda a diferença para melhor na vida das pessoas.

Na bonita Aldeia da Luz, concelho de Mourão, no Alentejo, durante o maior encontro de Inovação Social do país, reforçámos convicção de que é preciso trabalhar a comunidade antes de qualquer outro intento. Há muito ainda por experimentar e proporcionar sempre numa relação direta e honesta com as pessoas que ocupam os territórios. Elas sabem o que precisam e por onde passa o caminho. Temos de as seguir e colaborar com as ferramentas de trabalho e conhecimento que estão ao nosso alcance. Partindo deste pressuposto ganhamos uns passos de avanço no intento!

No âmbito da Aldeia da Inovação Social já tivemos oportunidade de agradecer, pessoalmente, à estrutura do Portugal Inovacao Social pela oportunidade em viver três dias intensos dedicados à inovação social. Gratidão é também a palavra certa para deixar à IES Social Business School, pois abriram-nos as portas à experiência e ao que essa nos trouxe aos vários níveis. Foi grande a aprendizagem que fizemos com a equipa de professores e com todos os finalistas do Ideation Bootcamp «Soluções para combater o despovoamento do Interior». Lancemos as sementes e reguemos para dar frutos. É um modelo clássico e não nos desilude.

Da linda Aldeia da Luz viemos de coração cheio pelo que vimos e ouvimos. Para além de participar enquanto finalistas do Ideation Bootcamp e de desfrutar de inúmeros palcos do certame, foi-nos proporcionados muitos momentos de escuta atenta e também ativa. Mas a cereja no topo do bolo do nosso projeto e a sua incursão neste evento foi tornar-se possível entabular inúmeras conversas com as pessoas responsáveis por inúmeros projetos presentes no evento. E que pessoas. E que projetos. A inovação social está a viver um caminho de desenvolvimento sustentável; seguro e promissor. Da nossa parte iremos seguindo o nosso com as convições que nos movem e com a vontade de conhecer sempre mais e mais pessoas pessoas que, realmente, fazem a diferença na vida de muitas.